A prescrição de suplementos é comum para os praticantes de atividades físicas intensas, especialmente entre os homens, que buscam o aumento da massa muscular.
Para a hipertrofia, há três suplementos principais: o whey protein, feito a partir da proteína do soro do leite, a proteína de soja e a caseína. Eles funcionam mais ou menos da mesma forma, avisando que o corpo precisa sintetizar a proteína e produzir músculos. O que difere é a intensidade de cada um.
Por possuir uma absorção mais rápida, o whey traz resultados mais imediatos, seguido da proteína de soja e da caseína. No longo prazo, porém, não há diferença de resultados entre eles.
Além dos já citados, alguns outros nutrientes também desempenham um papel importante na hipertrofia.
É essencial, porém, que o uso de qualquer suplemento seja devidamente prescrito e orientado por médicos e nutricionista, para que não haja efeitos colaterais indesejados e perigosos para a saúde. Confira abaixo as características de alguns deles:
Obtido a partir do soro do leite que se desprende da nata (gordura) no processo de fabricação de queijos, o whey é uma proteína completa e de rápida absorção, que age na construção e recuperação muscular.
Há três vertentes dele no mercado: a concentrada, que passa por menos processos de filtragem e possui níveis mais altos de carboidrato e gordura, e a isolada e a hidrolisada, feitas a partir de técnicas diferentes, mas com níveis reduzidos desses nutrientes.
Pela praticidade e rápida absorção, o whey se tornou o preferido entre os adeptos da musculação, mas é vetado aos alérgicos à proteína do leite e pode não ser bem recebido pelos intolerantes à lactose, especialmente na versão concentrada.
Com efeito similiar ao do whey, a proteína de soja é uma opção para os alérgicos à proteína do leite e também para quem mantém uma alimentação vegana, livre de derivados de animais.
Ela pode ser usada como suplemento na forma concentrada ou isolada, sendo que a última é a mais indicada por apresentar níveis protéicos mais elevados.
Por possuir mais fibras em relação ao whey, a versão concentrada tem uma absorção um pouco mais lenta, mas o efeito no longo prazo é o mesmo.
Assim como o whey, a caseína também é uma proteína derivada do leite e corresponde a cerca de 80% da carga protéica do alimento, enquanto os 20% restantes dão origem ao whey.
Ela é consumida como suplemento na forma isolada e possui uma absorção mais lenta em relação ao whey.
Enquanto a proteína do soro lácteo tem efeito anabólico, incentivando a construção muscular, a caseína tem efeito anti-catabólico, previnindo a quebra dessa massa muscular.
Em razão da absorção mais lenta, a caseína geralmente é consumida à noite ou após períodos de jejum, enquanto o whey é mais indicado para o pós-treino.
A creatina, ao contrário dos demais, não é uma proteína, mas um composto nitrogenado que atua auxiliando no ganho de massa muscular pelo aumento da força e potência.
O consumo aumenta a resistência e a potência muscular, retardando a fadiga e permitindo que os atletas trabalhem os músculos de maneira mais intensa, especialmente em exercícios curtos de alta intensidade, como tiros de corrida, saltos e musculação.
A substância está presente em alguns alimentos como carnes, peixes, ovos e leite, além de ser naturalmente produzida pelo corpo humano e armazenada nos músculos, mas em baixa quantidade.
Para a aumentar a concentração, ela é consumida como suplemento em sua versão isolada.