Em meio a uma infecção causada pela Covid-19 alguns órgãos podem ser comprometidos, como o pulmão e o coração. Neste sentido, após a alta médica, pacientes tendem a questionar qual a maneira ideal e o tempo necessário de descanso e reabilitação para conseguir voltar a realizar exercícios físicos normalmente.
A Covid tem sequelas e efeitos que são dependentes de vários fatores, como a presença ou não de comorbidades, a idade da pessoa e se ela tinha um histórico de práticas físicas ou não. Dependendo desses fatores, a licitação para atividades é diferente, visto que algumas pessoas, mesmo sem apresentar mais o quadro viral, ainda apresentam sequelas: problemas motores, pulmonares e cardíacos. Mas, em média, após 45 dias da infecção, a pessoa pode retomar os exercícios físicos.
A algumas pessoas, mesmo assintomáticas, o vírus já mostrou que pode se manifestar em outros órgãos que não o pulmão. A preocupação inicial era com o pulmão, mas a Covid mostrou sequelas cardíacas e encefálicas também.
Em virtude disso, algumas associações recomendam que, antes de retornar aos treinos, o paciente faça alguns exames cardíacos. Me refiro às sequelas cardíacas, porque as neurológicas, normalmente, são visíveis: dificuldade motora, de falar, se locomover e ausência de paladar.
A recomendação é procurar profissionais capacitados e um local adequado. No âmbito do profissional, é necessário que ele faça uma anamnese para avaliar os riscos e como a Covid se manifestou naquele paciente. Além disso, é recomendável fazer exames preventivos também, como um cardíaco.
Pelo menos no início das atividades, é bom evitar exercícios intensos. A intensidade não é atrelada a um exercício específico. Então, essa recomendação é no sentido de que, independente da modalidade, seja uma modalidade contínua, que a pessoa não precise parar a atividade para descansar e retomar, deve ser uma que ela consiga fazer continuamente. Pode ser musculação, corrida, caminhada, desde que seja em intensidade baixa.
Provavelmente, o processo inflamatório estará agravado. Ele pode fazer a atividade, mas adaptada conforme sua situação. Por isso é necessário a avaliação e procurar um profissional habilitado para a prescrição.