Cada vez mais informações sobre transtornos alimentares são divulgadas por profissionais de saúde e pela mídia em geral. Apesar disto, muitas pessoas ainda têm dúvidas ou preconceito no que tange este assunto, prejudicando aqueles que possuem tais distúrbios. Estes, por sua vez, são comuns a homens e mulheres, mas afetam as últimas com maior frequência.
De maneira geral, os transtornos alimentares são caracterizados por alterações na relação com os alimentos, comprometendo a saúde física e mental do paciente. A falta de preparo para lidar com estes casos torna comum a reprodução de discursos que não ajudam a paciente. O que ela mais escuta, então, é que seu comportamento é esforço para aparecer e necessidade de chamar a atenção.
Você sabe o que é bulimia?
A palavra bulimia significa, em livre tradução do grego, fome de boi e este distúrbio é considerado um transtorno alimentar específico desde 1980. Ela é entendida como o oposto da anorexia, sendo caracterizada por apetite e ingestão de alimentos em excesso. Em seguida, há relatos de vômitos na tentativa de livrar-se do que foi consumido. A paciente passa a demonstrar obsessão pela magreza excessiva, se esforçando para perder peso a qualquer custo. Os acessos bulímicos costumam ser uma resposta a momentos de euforia e são seguidos pela sensação de mal-estar e vergonha. Estes acessos podem durar minutos ou horas, ocorrendo uma ou várias vezes ao dia.
Quais são os sintomas da bulimia?
A primeira mudança no comportamento da paciente é a compulsão alimentar. Esta alteração costuma ser acompanhada por vômitos, administração irregular de laxantes e prática excessiva de exercícios físicos. Estes sintomas são comuns mesmo a indivíduos que apresentem peso ideal, não dependendo deste fator para acontecer.
Existem fatores de risco?
A bulimia é mais observada em pacientes que se sentem desamparadas, fracassadas ou que se sintam sós. Apesar disto, também pode ocorrer em pessoas que sentem excitação e prazer regularmente. A paciente costuma ter consciência do seu quadro e, inclusive, relata medo de perder o controle da situação. Este distúrbio alimentar pode estar associado à depressão ou tendências depressivas, à anorexia e ao transtorno de personalidade borderline.
Como é o tratamento da bulimia?
O tratamento deste e outros distúrbios alimentares requer a recuperação da relação dessas jovens com elas mesmas. Isto envolve seu corpo, suas necessidades afetivas, sua autonomia e sua capacidade de se relacionar com o mundo. Alguns casos podem requerer internação, hospitalização ou tratamento medicamentoso. Antidepressivos, ansiolíticos e alguns antipsicóticos podem ser indicados para casos mais graves. Na maioria das vezes, esses remédios são utilizados para tratar sintomas associados como insônia, angústia, depressão e irritabilidade.
Apesar de os sintomas da bulimia serem de difícil observação no início da doença, é preciso procurar ajuda médica ao notar qualquer sinal. Para garantir melhores resultados, deve-se estar atento a qualquer manifestação do distúrbio. O tratamento médico correto é capaz de reverter o quadro do paciente.
A bulimia afeta cada indivíduo de maneira distinta, não havendo um padrão no tratamento. Sendo assim, o acompanhamento médico é primordial na recuperação da paciente. Para facilitar o tratamento, é ideal que ela receba o apoio de seus familiares e amigos.